Penso demais e faço quase nada. Pareço até ordinária, a maioria das vezes sim, quem hoje faz o excepcional todos os dias? Desconheço. Me recordo que as mulheres que deixaram suas marcas na história tiveram uma atitude extraordinária e tudo mudou se perpetuando.
Sigo tentando deixar a minha marca.
Não é sobre ninguém, mas sobre as minhas próprias fraquezas.
Preciso ser diferente!
Alguém mais presente nas folhas de um livro guardado ainda dentro de mim.
Quero falar menos para que os outros não se sintam enfastiados.
As verdades que trago no peito são nuas e a vergonha geralmente transpassa.
Me pergunto constantemente: "quem sou eu realmente?"
Não estou me depreciando, estou me autoanalisando e compartilho a realidade de uma mulher sem medo de escrever filosofando.
Momentos bem diferentes eu me encontro e estendo a mão; quem sabe, uma companhia para andar no silêncio sem diálogo presente.
Fiz doutorado na solidão; na verdade, é a minha virtude.
Quem aprende a viver só já não depende de gente e sim do escrever sem fronteiras e do ouvir-se suavemente.
Bom é ter a si mesmo e quem quiser chega para somar; coloca a taça na mesa, a noite passa ligeira.
Tenho o senso de liberdade da águia, mas vivo como um pássaro de asa quebrada.
Eu quero desbravar, mas, quando vejo, estou abafada. Ando acelerada, e num passe de mágica, atordoada, me encontro deitada, sem fazer nada.
Depressão? Não!
Eu não me demoro na tristeza; minha mente não deixa.
Eu só tenho uma certeza: ainda vou voar para o alto da colina e, como a águia faz, renovarei as minhas garras.
Por um tempo, até que esteja pronta a voar mais alto do que um pequeno pássaro com asas quebradas.
Quero finalizar com a seguinte frase:
"Se você não é quem gostaria de ser, precisa apenas escrever, e, quando menos perceber, o pássaro alçou."